27 de fevereiro de 2010

ACTUALIZAÇÃO II
Já podemos acrescentar mais algumas coisas ao publicado no dia, 4-02-10, ou seja já se sabe que espectáculos vão ser apresentados, embora na sua maioria não se saiba ainda onde e quando vão actuar, porque é necessário conjugar uma série de acções com a disponibilidade dos grupos e com os locais onde os mesmos espectáculos vão ser apresentados. Assim, como já estava previsto,a 1ª. Mostra de Teatro a Noroeste inicia pelas 19H00 do dia 30 de Abril. Nessa hora, na Junta de Freguesia do Raminho, ocorrerá a abertura da exposição de pintura de Carlos Estrela, após este acto, partiremos em direcção aos Biscoitos, com paragem nos Altares (na sede da Casa do Povo) para se proceder também à abertura da exposição "Rui Melo 18 anos de cenografia para o Pedra-mó", prosseguindo a marcha vamos  de novo juntar-nos na Junta de Freguesia dos Biscoitos para proceder também à abertura da exposição "O Que é o Teatro" e tomar um copo de verdelho.  Às 21H30, na Sociedade Recreativa Biscoitense, no Bairro de  São Pedro, o Pedra-mó - grupo de teatro - estreia a peça "A Violência Doméstica, A final..."
Nos dias 30 de Abril, 1, 7 e 8 de Maio, a partir das 23H30, irá acontecer animação nocturna com música, poesia e humor: na Casa do Povo do Raminho realizar-se-á um género de café-concerto, com música e poesia de Álamo de Oliveira, esta será uma singela homenagem ao Álamo poeta na sua terra natal. Nos Biscoitos, no Snack bar O Pedro uma noite de música a cargo de Paulo Almeida e nos Altares duas noites com humor, uma no Bar RC e a outra na esplanada do Restaurante Caneta, respectivamente com os ALAPA e os TELENORTADA.

GRUPOS E PEÇAS A APRESENTAR  
Alpendre – grupo de teatro –  
“Jantar de Idiotas” de Francis Veber
       
Pedra-mó – grupo de teatro –  
“A Violência Doméstica, Afinal…” de Carlos Cabral e Alberto Vilar
         
O Vila  
Na Minha Rua!!!” de Guilherme Bizarro
         
O Teatrinho – 
NINO e PETRU”, criação do grupo
         
Grupo de Teatro da Soc. M. R. Terra Chã 
“Três em Lua de Melo” de Jorge de Sousa
       
Teatro Livre 
A 10º Turista”, de Mendes de Carvalho, versão de Eduarda Borba
         
Grupo de Teatro da Ass. Cult. Porto Judeu 
“A Última Vontade” de António Mendes e “Variedades”
         
Teatro da Sibila (companhia profissional) 
"Profundo Mar Azul" de John Patrick Shanley
MM

24 de fevereiro de 2010

Louvo os Altares!

Alta falésia de ares
Bonitos, também ventosos,
Conhecida por Altares
E de mestres engenhosos.

A noroeste seus lagares
Com vizinhos amistosos;
De Presas e bons lugares,
Retalhos harmoniosos.

Pico Matias Simão,
O altar da beira-mar
Voando p'la minha mão…

No desnorte duma vida
Foi gaivota a espreitar
Meu adeus… na despedida.
 
Rosa Silva (“Azoriana”)

 publico-o com muito prazer e gratidão
MM

23 de fevereiro de 2010

Adenda a "IMPROVISADORES DOS ALTARES XII"

Através da conhecida Rosa Silva  http://silvarosamaria.blogs.sapo.pt/801974.html tomei conhecimento de que o Daniel Arruda, último improvisador evocado neste blog, já não fazia parte do número dos vivos, aqui fica pois a lamentável actualização, com desejos de paz para a sua alma e votos de que continue a rimar, onde quer que esteja.
MM

19 de fevereiro de 2010

SERÁ QUE A HISTÓRIA SE REPETE MESMO?

 
MM

IMPROVISADORES DOS ALTARES XII

Daniel António Almeida Arruda (o Daniel Almeida) nasceu nos Altares a 06 de Março de 1957, actualmente emigrado nos EUA a residir em São José da California, onde ainda hoje participa em cantorias.
Cantou pela primeira vez em público, nos Altares, aos 18 anos de idade, com o Ferreira Filho.

Ó José, se pensares bem,
P'ra onde a vida nos arrasta.
Infeliz de quem despede uma mãe
P'ra abraçar uma madrasta.

Eu lá trabalho e corro
Com meu filho e minha filha.
Mas a pensar quase morro
No amor da minha ilha.

Nota: Termina aqui o desfilar de nomes de pessoas nascidas ou que viveram nos Altares e que se dedicaram às rimas de improviso. São só e apenas os que foram identificados no trabalho J.H. Borges Martins. Porém, é do conhecimento público que alguns altarenses emigrados se têm dedicado a esta arte, alguns dos quais conheço pessoalmente, mas não tenho quaisquer dados sobre a sua actividade de improvisadores, existindo outros, que segundo penso, também o fazem. Assim, para não correr o risco de, por falta de informação, omitir, embora que involuntariamente, alguns nomes, optei por me cingir ao levantamento do J. H. Borges Martins e daqui saudar todos quantos possam ter alguma ligação aos Altares, extensivo a todos quantos, não sendo dos Altares, improvisam, nas cantorias ou pura e simplesmente entre amigos, pois esse exercício é óptimo e, se a pessoa se sente bem,  reconforta a auto-estima.
MM

17 de fevereiro de 2010

IMPROVISADORES DOS ALTARES XI

Abel Coelho Costa (o Abel) nasceu nos Altares a 04 de Agosto de 1926, e  faleceu nos Estados Unidos da América do Norte, a 26 de Setembro de 1986. Pelo que antes se escreve fica a ideia de que o Abel teria emigrado para os EUA, mas não. O Abel casou para o Raminho, aí constituiu família e fixou residência.
O Abel Coelho Costa, para além de ser um improvisador que versejava com desembaraço, para o que muito contribuiu  a sua experiência de vida e os seus conhecimentos, é autor de uma vasta obra, na sua maior parte inédita e dispersa por particulares e agremiações recreativas várias, que inclui, entre muitos outros, enredos para as populares danças de Carnaval da Ilha Terceira, as seguintes:
  • Dança de Camões;
  • Santa Maria Vieira;
  • Santa Maria Goretti;
  • O Filho Pródigo;
  • Santo António de Lisboa;
  • Vida e Obra do Beato João Baptista Machado;
  • A Família de Luzardo Figueiredo;
  • Vida de Santa Margarida de Cortona;
  • Santa Madalena;
  • A Vida de São Bartolomeu;
  • A Perseguição dos Judeus;
  • Os Escravos;
  • Santa Inês;
  • O Segredo da Confissão;
  • Aparição de Nossa Senhora de Fátima aos Três Pastorinhos;
  • São Francisco Xavier;
  • A Rainha Santa Isabel;
  • O Menino Entre os Doutores da Lei.
Entre tantas quadras aqui vão duas escolhidas com alguma dificuldade:
"Nesta Vida há mistérios
Porque ela é atribulada.
Aí quantos parecem sérios
E não prestam p'rá nada

Portugal mergulhou em venenos
E envolveu-se em vendavais,
Porque os pequenos são muito pequenos
E os grandes, grandes demais..."
MM

7 de fevereiro de 2010

ASSIM SE VATICINAVA EM 1920

MM

DOMINGO MAGRO

Quando se fala em "magro" somos instintivamente levados a deixar o carnaval em paz e pensar amargamente no OE. Há pouco encontrei uma relíquia de 1920, quem quiser dar-se ao incómodo, poderá estabelecer paralelos interessantes entre aquela data e a actual. Trata-se da Ilustração Portugueza de 09/02/1920.
continua
MM

6 de fevereiro de 2010

E EIS QUE FOMOS INVADIDOS POR UMA VAMPIRADA!

O Ricardo Araújo Pereira tem razão!
"...Os vampiros são um monstro que não inspira particular terror. São, no fundo, um monstro totó. Gostam de sangue, mas isso também os apreciadores de cabidela, e eu não tenho medo deles.
...
...Porque razão abandonaram os vampiros a Transilvânia e vieram povoar o resto do mundo? Por uma razão artística muito forte: porque vendem.
...
Os vampiros da minha infância andariam por aí a morder pescoços indiscriminadamente. A estes só lhes falta que a ASAE apareça a proibi-los de sugar artérias em restaurantes. Bananas"
MM

IMPROVISADORES DOS ALTARES X

Francisco Gonçalves Duarte (o Francisco Duarte) nasceu nos Altares a 13 de Agosto de 1912, e  faleceu no Canadá - Montreal, em Abril de  1980.
O Francisco Duarte foi um improvisador que se empenhava com vigor e dos seus versos emergiam ditos por vezes mordazes que embaraçavam o cantador mais destemido. Compôs muitos "enredos" para danças de carnaval, entre as quais se destacam "Inês de Castro", "Brianda Pereira", "Carlos Magno", "Rainha Santa Isabel", "Joana D'Arc" etc.

Ó Ferreira não te metas,
Vais passar muita agonia;
E vais ver estrelas pretas
À hora do meio dia.

Falta aqui o José de Sousa,
Aquela fina planta;
Aquele que vale por mil
De qualquer homem que canta.
MM

4 de fevereiro de 2010

IMPROVISADORES DOS ALTARES IX

Francisco coelho do Álamo (o Francisco Tomás) nasceu nos Altares a 15 de Julho de 1910, onde  faleceu a 30 de Março de  1978. Começou a cantar com 20 anos, com o João do Couto, nos Altares. Fez letras para danças e comédias. É autor da letra duma canção sobre a morte de Roberto Kennedy, gravada em disco,

Sejam felizes como um Jacob,
Valentes como um Sansão,
Pacientes como um Job,
Sábios como um Salomão.

O ser mãe é ser autora
Da mais sublime misssão.
Com Deus, a volaboradora
Na obra da criação.
MM
Actualização I
Já se encontra estruturada a Mostra e temos uma novidade. A Sociedade Recreativa Biscoitense que inicialmente, por razões de ordem técnica, não podíamos colocar ali nenhum espectáculo, vai finalmente integrar o projecto, ficando assim distribuídos os espectáculos: Altares e Raminho 3 cada e Biscoitos 4 (um na Sociedade Recreativa Biscoitense e três na Sociedade Progresso Biscoitense). Vão em simultâneo realizar-se três exposições: Altares (Casa do Povo) "Rui Melo 18 anos de cenografia para o Pedra-Mó"; Biscoitos (Junta de Freguesia) "O que é o Teatro" e Raminho (Junta de Freguesia) “Pintura de Carlos Estrela” Integram esta Mostra os seguintes grupos terceirenses: Alpendre, Pedra-mó, O Teatrinho, O Vila, O Grupo de Teatro da Sociedade Musical da Terra Chã, o Teatro Livre e o Grupo de Teatro da Associação Cultural do Porto Judeu e ainda o Teatro da Sibila de Lisboa. Todos os grupos realizam um único espectáculo, com excepção do teatro da Sibila que vai apresentar-se nas três freguesias. Teremos então 8 grupos, para três freguesias e quatro palcos.
MM

3 de fevereiro de 2010

IMPROVISADORES DOS ALTARES VIII

Joaquina Cândida Gonçalves(a Joaquina Gregório) nasceu nos Altares a 19 de Janeiro de 1899, onde  faleceu a 15 de Janeiro de  1989. Sabia ler e escrever e era nos balhos e terços do Espírito Santo que improvisava para responder aos parceiros

Noutro tempo eu era
No teu prato a melhor sopa.
Agora já sou veneno
A picar na tua boca

Vai-te, Vai-te passarinho
Por cima da verde rama;
Vai dizer ao amor dele
Que está aqui quem o ama.
MM

2 de fevereiro de 2010

IMPROVISADORES DOS ALTARES VII

João do Couto Martins (o João do Couto) nasceu nos Altares a 21-12-1895, onde  faleceu a 05 de Maio de  1961, esteve emigrado nos EUA onze anos. As suas quadra, apesar de simples, tinham um sabor muito agradável.

Dou-te a esquerda e a direita
P´ra adquirires a bandeira.
Quem casa com mulher perfeita
Tem riqueza a vida inteira.

Antes sumo de cebola
Que ainda não esteja ardida,
que casar com mulher tola
E sofrê-la toda a vida.
MM