29 de outubro de 2010

DE NOVO EM ANGRA

Depois de ter estreado, no Teatro Angrense, no passado dia 16 de Abril, de novo em Angra, mas desta feita, na sede do Alpendre, que vem abrindo as portas ao Pedra-mó - grupo de teatro - no Outono.
O Valentão do Mundo Ocidental
Uma Comédia de John Millington Synge
SINOPSE
O Valentão do Mundo Ocidental é a obra-prima de Synge, a peça que lhe trouxe fama internacional. Ao fazer com que Christy Mahon, o Valentão, acredite que matou o pai, ainda que tal não tenha acontecido, Synge explora as possibilidades cómicas do tema edipiano que envolvem tanto o parricídio como o incesto. Esta comédia esplêndida e extravagante adquire ressonâncias trágicas quando Synge, mais uma vez, faz contrastar o mundo do sonho ou da ilusão (o mundo do Valentão) com o mundo da realidade crua que não pode ser redimida pela imaginação (o mundo dos camponeses). Quando a peça foi apresentada pela primeira vez no Teatro da Abadia, em Dublin, o público provocou um tumulto, chocado com a violência da acção e com a imagem da Irlanda que ela veiculava.
MM

A BEM DA NAÇÃO, DESPACHEM-SE

Com esta imagem de 1892, em que o Rafael Bordalo Pinheiro tenta mostrar como todos estavam preocupados com o estado do pais, para em roda pé afirmar que todos o veem pelos olhos do Mestre Zé Dias. Eu, que tenho brincado um pouco com esta situação, já começo a ficar preocupado, não ainda com as consequências do orçamento, mas sim com a forma como a opinião pública está a ser bombardeada com imensas e variadas opiniões, muitas delas parecendo grandes disparates. Se, naquele tempo, só o mestre Zé Dias tinhas olhos para o estado da nação, o que não era nada plural, pelo contrário, hoje, são tantos os que se perfilam a comentar a situação, que, apesar de podermos escutar inúmero pontos de vista, estamos a ficar intoxicados ou traumatizados ao ponto de, mesmo que tenhamos orçamento, já não teremos cabeça para o aturar. Por outro lado, os que estão com as mãos no orçamento, ou seja os partidos políticos, formam dois blocos distintos, um composto pelos partidos que são contra todos os orçamentos e logicamente seriam contra este, a declararem frontalmente que vão votar contra e os restantes que só nos dizem meias coisas e já nos estão a enervar ao ponto desejarmos, 24 horas por dia, que houvesse eleições.
A bem da Nação, deixem passar a expressão, despachem-se em favor do interesse nacional e deixem de pensar no jogo partidário. Nem ao fundo do túnel se houve falar de ideologias, então o que os impede de colocarem os interesses nacionais à frente de tudo?
Às vezes ficamos com a ideia de que os partidos só pensam no interesse nacional nas campanhas eleitorais, se pensam! 
MM

26 de outubro de 2010

DESPIR O POVO

Para que conste e também para nosso consolo, não foi só no século XXI que o povo teve de "largar a casca".

  MM

21 de outubro de 2010

O GOVERNO EM SALDO


para ler melhor carregue na imagem
Cuidado, não se apressem que este saldo já foi em 1879.
Embora não possamos ir aos saldos podemos estabelecer comparações.
in, O António Maria, 12 de Junho de 1879.
MM

IMAGINEM, CENAS PARLAMENTARES.... MAS, DE 1879


Ressalvando as devidas distâncias, adicionando todas as inflações declaradas e encapotadas, sem esquecer a evolução da comunicação social, ocorre a pergunta: Será consequência daquela crise, esta que atravessamos?
Talvez não, ou talvez sim!
Convém refletir!
MM

7 de outubro de 2010

AS OITO BANDEIRAS PROPOSTAS PARA A REPÚBLICA



Proclamada a república, decide-se que, ainda em 1910, deveriam existir os novos símbolos. Instalou-se uma forte polémica, entre outros Guerra Junqueiro, apesar de ser republicano,   defendia que a nova bandeira devia ter por base, tal como na monarquia, as cores azul e branco, dizendo que «a bandeira vermelha e verde é uma bandeira de pretos». A comissão nomeada para escolher a nova bandeira a adotar fez a escolha que todos conhecemos, porém, e aqui para nós, que ninguém nos ouve, os proponentes não tiveram a sorte de ser tocados pela inspiração, porque, bem vistas as coisas, decidido que estava não ser azul e branco, à comissão não foi difícil escolher. Para pretos e para brancos, a verde e vermelha é a mais harmoniosa, e, provavelmente, também a azul e branca do cimo, se tivesse a esfera armilar sob o escudo, tal como foi proposta é deselegante, o resto é tudo simplesmente horroroso.
MM

6 de outubro de 2010

COMEMORAÇÕES DO 8Oº. ANIVERSÁRIO DO 1º. VOO AÉREO NOS AÇORES A PARTIR DE TERRA

Pelas 18H00, de 2ª. Feira, 4 de outubro de 2010, tal como estava programado, no Núcleo Museológico dos Altares, a Junta de Freguesia dos Altares e o Núcleo Filatélico de Angra do Heroísmo, - agora renascido -  acharam por bem, - e eu reforço, e muito bem  - assinalar esta data incontornável na história da aviação portuguesa, feito este ocorrido nos Açores, ao inaugurar neste mesmo dia, mas do ano de 1930, o aeródromo da Achada, o qual foi uma vitória aérea e terrestre, dado que, muitas pressões estranhas à Ilha Terceira, tentaram que este não acontecesse aqui, quer no tempo, quer geograficamente.
Daí, da Achada, levantou pelas mãos do altarense Frederico Coelho de Melo, na altura com a patente militar de tenente, o Açor, já aqui identificado, o qual para além de projetar o espaço aéreo dos Açores na senda da aviação mundial, veio pôr de rasto a teoria  que corria o mundo, fazendo crer serem os Açores um cemitério de aviões.  
Mas passando aos acontecimentos, o programa constava do seguinte: A Junta de Freguesia doa Altares levou a cabo uma sessão solene de homenagem à data, ao acontecimento e ao altarense que a ela ficou ligado para sempre. Neste espaço já apresentámos documentos que são a prova inequívoca disso. Após a Sessão Solene, o Núcleo Filatélico de Angra de Angra do Heroísmo com o apoio dos CTT de Angra do Heroísmo fez o lançamento de dois selos evocativos da data; um deles mostra-nos o homem (FREDERICO DE MELO), o outro a máquina (O AÇOR), Falaram nesta Sessão o Sr. Presidente da Junta de Freguesia dos Altares, Salvador da Rocha Lopes, um representante do Núcleo Filatélico, o Sr. João Garcia e por último o Vereador Cota Rodrigues em representação da Presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo.
Não é nossa intenção fazer qualquer juízo sobre o que nos foi dito por nenhum dos oradores, excecionalmente gostaria de fazer uma referência à intervenção do Sr. João Garcia, altarense residente na Califórnia, nos Estados Unidos e que através de sua esposa, está ligado familiarmente ao Capitão Frederico de Melo, dado que ela era sobrinha (filha) – permitam-me este aparte, pois ela vivia com  homenageado como se tal fosse, situação esta que deu oportunidade ao amigo João Garcia de partilhar connosco uma grande parte do que o Capitão Frederico Coelho de Melo lhe transmitiu, não isenta de alguma comoção, comoção essa que deu ao momento muita autenticidade.
Por fim foi chamada a presidente da Assembleia de Freguesia dos Altares para obliterar o primeiro conjunto dos Selos Comemorativos.
Deste ato, para além da justa e merecida homenagem, ficou provado, se é que já não o estava, que naquela data distante de 1930, havia gente, que, pensando como  o Capitão Frederico Coelho de Melo, previam que para os Açores, em termos aéreos, estava reservado um grande futuro. E a prová-lo está o panfleto, cujo texto abaixo reproduzimos, que foi lançado sobre a populações da Ilha Terceira naquele dia.
texto escrito usando a nova ortografia e no qual foram incluídos dados provenientes da pesquisa feita por Alcino Meneses e distribuídos na Sessão Solene.
MM