A aproximação do Carnaval faz lembrar o nossos improvisadores.
Ao rebuscar na prateleira esbarrei com o livro de J. H. Borges Martins " Improvisadores da Ilha Terceira" ao revê-lo resolvi identificar quantos Altarenses ali constam e fiquei surpreso, pois ao todo são doze, os que seguiram esta arte de dizer coisas rimando. Verifica-se que na segunda metade do século XIX e o primeiro quarto do século XX eram muitos os que por aqui improvisavam, ao contrário de actualmente. Julgo perceber-se que o maior responsável por tal facto, até porque aparecem muitas mulheres, se deve aos ranchos das matanças, onde as cantigas, de dentro de casa, eram de improviso, o que era um óptimo incentivo para a iniciação.
Hoje vamos lembrar FRANCISCO COELHO NETO, (o Coelho Neto) que nasceu, nos Altares, a 15-10-1846, e faleceu no Raminho a 5-10-1912. Não sabia ler nem escrever.
Quando passares pela gente,
Faz a tua cortesia.
Meu padrinho a sua bênção,
Haja saúde, adeus Maria.
Viva o José Simões
Que talha um aparelho;
Para pespontar o Machado
E engomar o José Coelho.
MM
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