16 de março de 2011

O FMI

O FMI

Anda por aí uma "escola" de pensamento fácil que é de opinião que a vinda do FMI em socorro das finanças portuguesas seria naturalmente desejável, por significar empréstimos a juros mais baixos dos que o que são praticados pelos mercados onde o Estado português se financia e, no essencial, representaria um sossego para estes. Essa "escola" - claro! - nunca se perguntou por que razão, se o cenário é assim tão róseo, todos os países mostram a maior relutância de terem de recorrer ao FMI.
Essa doutrina, que despreza, em absoluto, as dimensões de perda de soberania que o recurso a essa ajuda implicaria, para além do imprevisível pacote de medidas acrescidas de rigor que nos seria imposto, esquece um ponto essencial: a dívida mais importante com que Portugal se defronta - que não é a do Estado, mas a dos bancos nacionais - não seria abrangida por essa operação de "rescue". 

É estranho (será?) que poucos falem disto.

in: http://duas-ou-tres.blogspot.com

A MINHA IGNORÂNCIA

Por tudo o que se vem dizendo sobre o FMI eu não quero que aquele Fundo entre de novo em Portugal.
Por tudo o que dizem sobre o FMI, nós os menos dotados nestas matérias ,somos levados a concluir que o FMI é um clube de malfeitores que se governam à custa dos aflitos financeiramente. Pois bem, e aqueles que nos impõem juros tão altos  semana a semana que dificilmente poderemos pagar, não serão também um clube de malfeitores?
Mas, o que me confunde mais ainda é o facto de Portugal ser membro do FMI desde há 50 anos., somos as sim levados a acreditar que se trata de umas coisa boa, senão Portugal já tinha batido com a porta. Então porque é que essa instituição internacional à qual pertencemos não serve para nos ajudar, mas continuamos lá enquanto ajuda outros? É confuso não é?
Há aqui muito por contar. É verdade que se diz que o segredo é a alma do negócio, mas isto já deixou de ser negócio para passar a ser uma roubalheira.
Gostava muito de ser esclarecido, porque quando me vão ao bolso eu e os outros temos o direito de não ficar calados,
MM

Numa pesquisa encontrei o que abaixo transcrevo:
“A economia portuguesa marca este domingo meio século desde a adesão ao Fundo Monetário Internacional (FMI), quando o país receia uma nova entrada - desta vez com a União Europeia - da instituição que interveio em Portugal em 1983 e 1977.
Com os mercados de dívida a tentar testar os limites das finanças públicas portuguesas e a tentar levar Portugal ao risco de incumprimento, a ameaça do Fundo Monetário Internacional (FMI) volta a aparecer na economia portuguesa, um regresso dos «homens de preto», como os portugueses chamaram aos técnicos da instituição nas intervenções passadas, escreve a Lusa.
Se essas intervenções foram marcadas por políticas que tiveram, na altura, grandes consequências sociais, um eventual regresso da organização, dando apoio técnico ao fundo europeu de estabilidade financeira, seria mais suave, na opinião do historiador económico Pedro Lains.
«Portugal nunca pensou encarar FMI como amigo das horas difíceis»
Nos cinquenta anos desde que aderiu ao FMI Portugal passou de membro tranquilo e desconhecido a um dos primeiros casos de sucesso da instituição, disse o antigo ministro das Finanças, Braga de Macedo.
«Portugal já era membro desde 1960, um membro ordeiro. Eu lembro-me que, quando visitei o Fundo Monetário Internacional (FMI), em 1969, para fazer o meu primeiro livro, falei lá com o senhor Ragazzi, um italiano, que me disse: nunca vi cá um português» lembrou Braga de Macedo que integrou o Departamento de Pesquisa da instituição.
Se um dos objetivos do Estado à data da adesão, a 21 de novembro de 1960, era recolher o reconhecimento da comunidade internacional, depois do 25 de Abril de 1974, Portugal passou de membro tranquilo que nunca pensaria em recorrer ao Fundo a encarar o FMI como o amigo das horas difíceis, com as intervenções de 1977 e 1983, para salvar a economia portuguesa”.

3 de março de 2011

COMO SE CHEGA À DATA DO CARNAVAL

Todos os feriados eclesiásticos são calculados em função da data da Páscoa[5], com exceção do Natal. Como o domingo de Páscoa ocorre no primeiro domingo após a primeira lua cheia que se verificar a partir do equinócio da primavera (no hemisfério norte) ou do equinócio do outono (no hemisfério sul), e a sexta-feira da Paixão é a que antecede o Domingo de Páscoa, então a terça-feira de Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa.
O carnaval da Antiguidade era marcado por grandes festas, onde se comia, bebia e participava de alegres celebrações e busca incessante dos prazeres. O Carnaval prolongava-se por sete dias na ruas, praças e casas da Antiga Roma, de 17 a 23 de dezembro. Todas as actividades e negócios eram suspensos neste período, os escravos ganhavam liberdade temporária para fazer o que em quisessem e as restrições morais eram relaxadas. As pessoas trocavam presentes, um rei era eleito por brincadeira e comandava o cortejo pelas ruas (Saturnalicius princeps) e as tradicionais fitas de lã que amarravam aos pés da estátua do deus Saturno eram retiradas, como se a cidade o convidasse para participar da folia.
No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporaram os baile de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos. Ao caráter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato atual.

A fórmula para cálculo manual, válida de 1900 a 2099, é a seguinte - do matemático alemão Karl Friedrich Gauss (1777-1855), na Enciclopédia Brasileira Globo:
Faça
A = o resto de (Ano ÷ 4)
B = o resto de (Ano ÷ 7)
C = o resto de (Ano ÷ 19)
D = o resto de [(19xC + 24) ÷ 30]
E = o resto de [(2xA + 4xB + 6xD + 5) ÷ 7]
A Páscoa será em 22+D+E de Março ou, se esse número for maior do que 31, em D+E-9 de Abril.
Correções: O resultado 25 de abril deve ser tomado como 18 de abril (se D=28 e C>10) e o resultado 26 de abril sempre como 19 de abril.
MM

1 de março de 2011

SILÊNCIO QUE SE VAI TOCAR O FADO

Um Violino no Fado
Para quem aprecia música, aqui vai uma original interpretação de fado, com a 'voz do violino', de Natália Jusckiewicz.
Natalia é polaca e violinista residente em Portugal. Formada na Academia de Poznan, uma das escolas mais conceituadas do mundo, começou a carreira musical como intérprete solista e integrou orquestras e formações polacas de prestígio internacional.
Durante umas férias, apaixonou-se por Portugal e decidiu mudar-se. Adaptou-se à língua, à cultura e à maneira de ser dos portugueses.
Natalia formou-se na  Academia de Poznan, uma das escolas mais conceituadas do mundo, começou a carreira musical como intérprete solista e integrou orquestras e formações polacas de prestígio internacional.
MM
por cortesia de um amigo